terça-feira, outubro 24, 2006

Na Pensilvânia, esperanças e lamentações (parte dois)

Lamentações em Laranja e Preto

No último post falei sobre as esperanças da torcida do Pittsburgh Penguins, que apesar de todos os problemas, crê num futuro vitorioso para o time. Por uma situação bem diferente passa o rival Phipadelphia Flyers. Sempre candidatos ao título, os Flyers passam por uma crise inacreditável, só ganhando uma partida das oito que disputou até agora. Os problemas? Estes são vários. E o maior é achar a solução para os mesmos. Preocupada com o começo de temporada trágico, a diretoria tomou algumas atitudes para tentar mudar a sorte do time, que pode perder os playoffs pela primeira vez desde 94. E começou mexendo em cima, no comando.

Nada mais de Bobby Clarke na Filadélfia, garotos. O GG anunciou estar se desligando da equipe depois de treze anos. Decisão sábia, já que Clarke não é mais o mesmo que levou os Flyers ao sucesso nos anos 90 e começo dos 2000. Durante a pré-temporada ele foi considerado por muitos como sendo omisso, sem tentar nenhuma troca de impacto ou contratação de nenhum agente livre de peso. Hoje até o próprio Clarke admite que não agiu como deveria.

Nada mais de Ken Hitchcock também. Parece que sem seu bigode o treinador perdeu sua sorte. Hitchcock em seus últimos dias de Flyers era pessoa non-grata do elenco e, sem comando, nenhum barco é navegável.Demissão surpreendente apesar de tudo, pois a um mês atrás o técnico estava assinando um contrato de dois anos por 2,2 milhões. É o que a crise faz...

Porém, infelizmente, o problema não é tão simples de ser solucionado. Analise o time atual dos Flyers. Não é, definitivamente, um time feito para a nova realidade da NHL. Conta apenas com uma linha ofensiva realmente efetiva (Gagne-Forsberg-Knuble), que convive periodicamente com contusões, principalmente do novo capitão. Peter Forsberg é um dos casos "Mario Lemieux" que encontramos no mundo do hockey,afinal todos se perguntam "Ele poderia ter sido melhor se não fossem as contusões?". A resposta com certeza é sim. Atualmente, o sueco está no estaleiro.

Além dessa falha ofensiva, a defesa do time é o que há de menos móvel na Liga. Defensores grandes e físicos que não tem a habilidade de carregar o disco muito acentuada (em alguns casos a habilidade simplesmente não existe), como por exemplo o monstro Derian Hatcher. Veja um jogo dos Flyers. A quantidade de "dumpings" é imensa, pela simples ineficácia do time sair jogando. E quem paga o pato por essa defesa? Os goleiros Antero Niittymaki e Robert Esche. Ambos são constantemente considerados culpados pela situação da equipe, porém com uma defesa destas nem Vladislav Tretiak daria jeito.

A situação do time neste ano em que completa 40 anos é, no mínimo, triste. Falta de planejamento para sobreviver a uma nova realidade na Liga, falta de comando, falta de resultados. Se preparem, torcedores e simpatizantes dos Flyers, pois o período é de transição total. Porém quando estiverem perdendo a fé, olhem para Pittsburgh e seus garotos e vejam que às vezes pode valer a pena ficar em último.
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Apesar de tudo, eu, fã incondicional de Peter Forsberg, torço muito pela recuperação dos Flyers. Não só por ter o sueco mais genial que vi jogar, mas pela tradição deste grande time.

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