quinta-feira, novembro 23, 2006

Aprendendo com prof. Teemu Ilmari


Consegui arrumar um tempinho no meio dessa insanidade que é a época de provas e vestibular para escrever um textinho para homenagear um dos meus maiores ídolos no hockey. O nome dele? Teemu Ilmari Selanne!

Esse cara é simplesmente demais. De longe o pato mais querido em Anaheim desde sempre, Teemu é um sujeito pacato, que brinca com todo mundo. Não tem o perfil de capitão, mas lidera qualquer time com seu jeito descontraído. E agora, como seu ídolo e amigo Jari Kurri, é o segundo finlandês (36º total na história) a marcar 500 gols na NHL.

O gol veio ontem, na derrota para o Colorado, numa bela jogada do companheiro de linha Andy McDonald. Teemu teve apenas o trabalho de empurrar para as redes. Coisa que faz muito bem, diga-se de passagem. Em sua primeira temporada, a "Flecha Finlandesa" marcou nada menos que 76 gols e 132 pontos pelos Jets. Calder, óbvio. Nada mal para um antigo professor de jardim de infância, não é mesmo?

Depois de uma estréia monumental na Liga, Selanne foi atrapalhado por seguidas contusões, sendo mandado para Anaheim em 96. E lá sua mágica voltou a aparecer naquela que foi a maior dupla da história para mim (poxa, esses caras me fizeram torcer pelos Ducks!). Junto de Paul Kariya, Teemu voltou a brilhar. E conquistou a cidade.

Foram seis anos de parceria, que asseguraram à Flecha os recordes de pontos (109) e gols (52) na franquia. Ganhou também o primeiro Richard Rocket, dado ao maior goleador da Liga. Mas essa ligação com o time acabou quando Selanne foi trocado com os Sharks, rivais de divisão. Chocante para mim, por exemplo, que nunca imaginou que essa seria uma troca plausível. Shields?! Friesen?!?! Por Selanne?!?!?! É, foi assim que eu reagi, no alto dos meus 13 anos. E hoje analisando melhor... é, eu estava certo em me revoltar.

Por 5 longos anos acompanhei o número 8 à distância. Fiquei realmente triste quando Paul Kariya alugou seu passe para os Avs, mas fiquei mais triste ainda quando Selanne foi para lá, buscando refazer a parceria. Devo ter secado tanto que aquele foi o pior ano de ambos.

Mas então, em agosto do ano passado, depois de encher a cara de Coca-Cola após a chegada de Scott Niedermayer, eis que entro na internet e vejo que Selanne estava de volta! Juro que foi uma das maiores alegrias que tive no hockey. E a temporada magnífica que se seguiu justificou a minha alegria.

Não sei mais o que escrever. Apenas fico imensamente feliz com o fato de que o grande Teemu Ilmari Selanne tenha marcado seu 500º gol, pois afinal de contas, ele foi um dos que me fizeram amar esse esporte.

Notas sobre a Flecha Finlandesa:
- Tem um irmão gêmeo, Paavo, cuja carreira foi destruída graças ao asa direito. Por quê? Porque Paavo Selanne era goleiro. Perguntado sobre isso Teemu Selanne respondeu "É, acho que acabei com a carreira dele. (risos) Depois que vim para cá, na NHL, ele me ligava dizendo 'Poxa, Teemu, no fim das contas eu era bom. Você é que é me fazia levar muitos gols' "
- Jogava futebol durante sua infância e adolescência. Tanto que quase se profissionalizou. Ainda bem que foi quase, pelo bem dos Ducks e do bom hockey.
- Ganhou, além do Calder e um Richard Rocket, um Masterson ano passado. E o MVP do All Star Game em 98
- Jogou em duas Olimpíadas, 98 2 2006, ganhando um bronze e uma prata respectivamente
- Foi professor de jardim por 3 anos durante seu tempo de exército. "Perguntaram para mim 'Lapônia ou crianças de jardim?', mas hoje penso que a Lapônia teria sido mais fácil do que aquilo(risos)"
- Tem três filhos: Eemil, Eetu and Leevi. E é fanático por crianças (óbvio, afinal foi louco o bastante pra dar aula XP)
- Doa muito dinheiro para hospitais infantis da Finlândia. E tem uma instituição de caridade em Helsinki
- E (huahuahuahua) foi eleito um dos homens mais bonitos da Finlândia. Sei lá, hein, prefiro bem mais a mulher dele hahaha XP

Paavo e Teemu Selanne hehehe

sexta-feira, outubro 27, 2006

Só matutando...

Parei um pouco no pc para postar alguns pensamentos meus desses últimos dias:

Primeiro, não posso deixar de falar dos Sabres. Igualaram ontem o recorde dos Leafs de 10-0 (valeu Alexandre pela info) e podem superá-lo domingo, contra o Atlanta. Quando vão perder? Juro que não sei.
Grandes nomes do time? Como já citei num outro post, temos Chris Drury e Ryan Miller, mas se eu esquecer de Maxim Afinogenov, Thomas Vanek e Jason Pominville. Mas time de conjunto é assim: sempre você lembra do time e acaba esquecendo de alguns nomes isolados.
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Falando em Buffalo, o próximo adversário deles, os Trashers são um dos times quentes da NHL.
Além do ótimo Kari Lehtonen estar segurando as pontas atrás e de Marian Hossa ser um dos líderes de pontos na Liga, o russo Ilja Kovalchuk acordou e inclusive anotou um hat-trick noites atrás contra o Florida. Tem gente até apostando que o jogo de domingo é uma prévia das finais de conferência, e isso com 10 partidas disputadas.
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No Oeste, é interessante o que a tabela está indicando. Apenas um time da Central entre os oito. Lamentável que esta divisão esteja tão nivelada por baixo. E incrível como esse ano as coisas vão bem para o Noroeste e, principalmente, o Pacífico. Final de conferência? Meu sonho seria reviver a de 2003, ou seja, Minnesota e Anaheim. Mas como no "wild, wild west" tudo é possível, afinal ano passado tivemos um 6º vs 8º.
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Falando nos meus amados Ducks, é incrível como ninguém da mídia repara num belo jogador na defesa californiana. Scott Niedermayer? Chris Pronger? François Beauchemin? Que nada! Para mim o nome é Shane O'Brien. O calouro está sendo sólido, mesmo sendo acompanhado no 3º par por Joe DiPenta (a ovelha roxa na defesa dos Ducks). Após um "Gordie Howe Hat Trick" (um gol, uma assistência e uma briga) contra o Detroit, o técnico Randy Carlyle já anda percebendo a qualidade do menino e está pareando Shane com o monstro Chris Pronger nas últimas partidas. Certo, Randy, afinal de defesa o senhor deve entender um pouquinho...
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Antes que fique muito tarde vou escrever meus palpites de quem fica fora dos playoffs (porque dizer quem vai é muito clichê, né?)
No Leste ficam de fora Boston, Philadelphia, Florida, Toronto, Tampa Bay e a cidade de Nova York. Apesar que os campeões Carolina Huricanes estão doidinhos para entrar nesse grupo (Nesse caso cairia fora o Tampa) .
No Oeste perdem os playoffs Columbus, Phoenix, Los Angeles, St. Louis e Calgary (para o alegria de quem gosta de ver gols). Pelos dois últimos lugares brigam com espada e maça Colorado, Detroit e Chicago. Botando um pouco de coração, acho que o velho Joe Sakic tira o Avalanche desse grupo nada agradável.
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Ah, e o santo Kago do TVUPlayer fez mais um milagre: a partir de hoje são DOIS canais de hockey para o desfrute da galera! É... fazem 2 semanas que não perco nenhum jogo dos meus Ducks. E hoje é contra o Wild...

terça-feira, outubro 24, 2006

Na Pensilvânia, esperanças e lamentações (parte dois)

Lamentações em Laranja e Preto

No último post falei sobre as esperanças da torcida do Pittsburgh Penguins, que apesar de todos os problemas, crê num futuro vitorioso para o time. Por uma situação bem diferente passa o rival Phipadelphia Flyers. Sempre candidatos ao título, os Flyers passam por uma crise inacreditável, só ganhando uma partida das oito que disputou até agora. Os problemas? Estes são vários. E o maior é achar a solução para os mesmos. Preocupada com o começo de temporada trágico, a diretoria tomou algumas atitudes para tentar mudar a sorte do time, que pode perder os playoffs pela primeira vez desde 94. E começou mexendo em cima, no comando.

Nada mais de Bobby Clarke na Filadélfia, garotos. O GG anunciou estar se desligando da equipe depois de treze anos. Decisão sábia, já que Clarke não é mais o mesmo que levou os Flyers ao sucesso nos anos 90 e começo dos 2000. Durante a pré-temporada ele foi considerado por muitos como sendo omisso, sem tentar nenhuma troca de impacto ou contratação de nenhum agente livre de peso. Hoje até o próprio Clarke admite que não agiu como deveria.

Nada mais de Ken Hitchcock também. Parece que sem seu bigode o treinador perdeu sua sorte. Hitchcock em seus últimos dias de Flyers era pessoa non-grata do elenco e, sem comando, nenhum barco é navegável.Demissão surpreendente apesar de tudo, pois a um mês atrás o técnico estava assinando um contrato de dois anos por 2,2 milhões. É o que a crise faz...

Porém, infelizmente, o problema não é tão simples de ser solucionado. Analise o time atual dos Flyers. Não é, definitivamente, um time feito para a nova realidade da NHL. Conta apenas com uma linha ofensiva realmente efetiva (Gagne-Forsberg-Knuble), que convive periodicamente com contusões, principalmente do novo capitão. Peter Forsberg é um dos casos "Mario Lemieux" que encontramos no mundo do hockey,afinal todos se perguntam "Ele poderia ter sido melhor se não fossem as contusões?". A resposta com certeza é sim. Atualmente, o sueco está no estaleiro.

Além dessa falha ofensiva, a defesa do time é o que há de menos móvel na Liga. Defensores grandes e físicos que não tem a habilidade de carregar o disco muito acentuada (em alguns casos a habilidade simplesmente não existe), como por exemplo o monstro Derian Hatcher. Veja um jogo dos Flyers. A quantidade de "dumpings" é imensa, pela simples ineficácia do time sair jogando. E quem paga o pato por essa defesa? Os goleiros Antero Niittymaki e Robert Esche. Ambos são constantemente considerados culpados pela situação da equipe, porém com uma defesa destas nem Vladislav Tretiak daria jeito.

A situação do time neste ano em que completa 40 anos é, no mínimo, triste. Falta de planejamento para sobreviver a uma nova realidade na Liga, falta de comando, falta de resultados. Se preparem, torcedores e simpatizantes dos Flyers, pois o período é de transição total. Porém quando estiverem perdendo a fé, olhem para Pittsburgh e seus garotos e vejam que às vezes pode valer a pena ficar em último.
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Apesar de tudo, eu, fã incondicional de Peter Forsberg, torço muito pela recuperação dos Flyers. Não só por ter o sueco mais genial que vi jogar, mas pela tradição deste grande time.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Na Pensilvânia, esperanças e lamentações (parte um)

Philadelphia Flyers nos playoffs, candidatos ao título e Pittsburgh Penguins lutando contra o último lugar. Nos últimos anos na Pensilvânia este era o panorama mais normal. Bem diferente do que estamos vendo neste começo de temporada. Exatamente o oposto, na verdade.

Esperanças em Preto e Dourado

Não que os Pens estejam na briga pelo título este ano, mas o que se vê no time da Cidade do Aço é animador para os torcedores e, por que não, para a propria NHL. O time se aproveitou do período de vacas magras para se reconstruir através de escolhas altas nos drafts. E o resultado está aparecendo.

Sidney Crosby, primeira escolha de 2005, dispensa comentários. Comparado por muitos a Wayne Gretzky e, sendo mais realista, Mario Lemieux, Crosby só não conquistou o Calder na temporada passada por que um russo possuído chamado Alexander Ovechkin estava ba jogada. Porém Crosby, ao invés de se abater, parece que amadureceu muito,tanto dentro quanto fora do gelo. Tudo o que os fãs queriam.

Além de Sid, the Kid, os Pens ainda contam a segunda maior gema do recrutamento de 2004. Evgeni Malkin, escolhido após Ovechkin. Jogador de primeira estirpe, Malkin é candidatíssimo ao prêmio de novato do ano, apesar de ter perdido algumas partidas no começo da temporada. Nos seus primeiros três jogos, um gol em cada. O garoto, centrando a segunda linha e às vezes atuando na asa esquerda de Crosby, tem tudo para crescer cada vez mais.

Mas não é só de Crosby e Malkin que vivem os Pens. Com um núcleo de prospecto sem igual, eles contam ainda com o central Jordan Staal (irmão mais novo de Eric), os defensores Kris Letang e Ryan Whitney e o goleiro Marc-André Fleury.

E apesar de estarem fazendo bonito já nessa temporada (Os Pens estão em segundo na Atlântico), o principal foco é o futuro. Juntos, essa garotada de Pittsburgh carregam a esperança de belos anos à frente, mesmo se o time não continuar na cidade (acho que todos esperam que eles fiquem). Alguns até apostam em uma nova dinastia. Difícil, julgando a paridade dos times hoje em dia. Mas há uma certeza: Será ótimo ver esses moleques esquentando o gelo na Pensilvânia.
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Amanhã ou depois, a segunda parte "Lamentações em Preto e Laranja"

quarta-feira, outubro 18, 2006

Halloo NHL! Kari on tähän!

Férias de julho, nada pra fazer além de olhar as teias de aranha no teto, me peguei fazendo algo ridículo: Estava analisando as datas de aniversário de alguns jogadores de hockey. Depois de ver os de praxe ,e descobrir que a Flecha Finlandesa é do primeiro decanato de Câncer, fui checar os "grandes-prospectos-do-Eastside-Manager". Então achei um outro finlandês, que jogou no mesmo time que Selanne (O Helsinki Jokerit), que nasceu no mesmo dia que esse que vos escreve (16 de novembro) e que até hoje nunca vi fazer feio na NHL. Seu nome? Kari Lehtonen.

Aos 23 anos, atuando em sua terceira temporada, Kari está sentindo o gosto de começar uma temporada no crease dos Trashers. E que belo começo de temporada!

Em seis partidas até agora, são 4 vitórias, dentre elas 2 shoutouts. A esperança em Atlanta de que esse seja o ano dos primeiros playoffs da franquia. E Lehtonen tem tudo para ser um goleiro de playoffs, se formos apostar no seu histórico vitorioso.

Vejam o porquê desta minha afirmação:
- Kari Lehtonen, escolhido pelos Trashers com a segunda escolha geral em 2002, é o goleiro europeu escolhido pela escolha mais alta até hoje.
- Em sua temporada pelo Jokerit de 01/02, Lehtonen faturou os prêmios de Melhor Goleiro, Melhor Jogador da Temporada Regular e Melhor Jogador dos Playoffs. Tudo o que um olheiro quer ver, não é mesmo?
- Na sua primera passagem em Atlanta, em 03/04, jogou 4 partidas... e ganhou todas. Média de gols sofridos de 1,25 e 95,3% de defesas!
- Em sua carreira de shootouts na NHL, Lehtonen ganhou os 5 que disputou ano passado, defendendo 17 dos 20 chutes, e nunca sofreu um gol de shootout em jogo (Viu, Giguere?!). Mas para queimar minha língua, meu colega de níver sofreu sua primeira derrota em SO contra o Tampa, na abertura desse ano.

E então? Dá para confiar no garoto? Para mim é Atlanta nos playoffs, com bela temporada de Kovalchuk e Hossa

Comentário Duck: Ao elaborar essa matéria (posso chamar assim?) descobri que os Ducks tem tantos jogadores daquela campanha Cinderela de 02/03 quanto os Trashers tem hoje: Quatro de cada lado. Sami Pahlsson, Rob Niedermayer, JS Giguere e Stanislav Chistov pelos Ducks enquanto o Atlanta conta com Steve Rucchin, Vitaly Vishnevski, Niclas Havelid e... cuidado Detroit... Jason Krog! Besterinha só, mas achei interessante hehehe